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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Metodologias de ensino. Qual a mais adequada para o seu filho?

       Metodologia é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus”. Seu significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. Metodologia é o campo em que se estuda os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento.

Escolher uma metodologia adequada ao melhor desenvolvimento dos filhos não é uma tarefa simples, mas é de extrema importância para extrair resultados satisfatórios. É fundamental conhecer a metodologia com a qual a escola trabalha para saber se é a que mais se adequa ao perfil do estudante. Muitas escolas trabalham com várias metodologias ao mesmo tempo, extraindo o melhor de cada uma delas, o que é muito positivo. Além de saber o projeto pedagógico com o qual a escola trabalha, deve-se verificar também se os conceitos são aplicados no dia a dia.
 Atualmente existem muitas abordagens pedagógicas, algumas muito semelhantes em vários aspectos. Abaixo algumas das mais usadas nas escolas:

Tradicional: Conteudista. É a abordagem predominante no país e por isso mesmo a mais conhecida dos pais. Nas escolas tradicionais, o foco está no professor, que detém conhecimentos e repassa ao aluno. O estudante tem metas a cumprir dentro de determinados prazos, que são verificadas por meio de avaliações periódicas. Quem não atinge a nota mínima necessária no conjunto de avaliações ao longo do ano que está cursando é reprovado e tem de refazê-lo. É comum que essas escolas usem apostilas e livros, que estabelecem o quanto a criança deve aprender em cada ano. É uma filosofia que valoriza a quantidade de conteúdo ensinada. Essas instituições são voltadas para o sucesso do aluno em provas como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e o vestibular.
Jean Piaget
Construtivista: Nas instituições que seguem os princípios construtivistas, o conhecimento é ativamente construído pelo sujeito e não passivamente recebido do professor ou do ambiente. Cada estudante é visto como alguém com um tempo único de aprendizado e o trabalho em grupo é valorizado. Nas escolas construtivistas, são criadas situações em que o estudante é estimulado a pensar e a solucionar problemas propostos. Também há provas e reprovação nessas instituições. As ideias do biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) norteiam as escolas que se denominam construtivistas e por isso é comum que elas se apresentem também como escolas piagetianas. Uma variação do construtivismo é o sociointeracionismo, originário do trabalho do psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934). O especialista atribuía um papel preponderante às relações sociais na aprendizagem, enquanto Piaget dava mais importância aos processos internos de cada aluno.

Maria Montessori
Montessoriano: Na escola montessoriana, baseada na filosofia da pesquisadora italiana Maria Montessori (1870-1952), a criança deve buscar sua autoformação e construção e os adultos tem que ajudá-la nesse processo, favorecendo o desenvolvimento de indivíduos criativos, independentes, confiantes e com iniciativa. Segundo o método montessori, é agindo que o aluno adquire conhecimentos. As crianças escolhem as atividades que querem fazer. Ao adulto cabe ordenar o trabalho com gradação de dificuldade crescente, respeitando o ritmo de cada aprendiz e sem intervenções indevidas. As classes têm crianças de idades diferentes. Incentiva-se o trabalho em grupo e todos os estudantes são estimulados da mesma maneira. Para auxiliar na aprendizagem, Maria Montessori criou vários materiais. Um dos mais famosos é o Material Dourado, composto por cubos, placas, barras e cubinhos, que têm o objetivo de facilitar o entendimento das operações matemáticas.


    
Rudolf Steiner
 Waldorf: Na metodologia de ensino waldorf – desenvolvida  pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925) – procura-se  equilibrar os aspectos cognitivos (capacidade de aquisição de  conhecimento) com o desenvolvimento de habilidades artísticas, musicais, de movimentação e de dramatização. Considera-se cada aluno como um ser único, que é acompanhado de forma próxima. São aplicados testes e provas em algumas matérias, especialmente no ensino médio, e, em alguns casos, nas últimas séries do ensino fundamental. Mas a avaliação do aluno também engloba a execução de trabalhos, o grau de dificuldade que o estudante tem com o assunto, o empenho em aprender e o comportamento. Os pais recebem avaliações trimestrais com a descrição da atitude de seus filhos diante das tarefas solicitadas no período. O professor permanece com a mesma turma por toda uma etapa (por exemplo, os nove anos do ensino fundamental). No ensino fundamental, o currículo inclui astronomia, meteorologia, jardinagem, artes e trabalhos manuais, como tricô e crochê, além das disciplinas exigidas pela Lei de Diretrizes e Bases (legislação que regulamenta o sistema  educacional do Brasil). No ensino médio, há currículos integrados de humanidades (história, geografia, literatura), de ciências (física, biologia, química, geologia, matemática), de artes e ofícios (com modalidades como tecelagem e encadernação), artes dramáticas, educação física e línguas estrangeiras. 

Célestin Freinet
Freinet: Outro pensador que costuma nortear o trabalho de algumas escolas é o pedagogo francês Célestin Freinet (1896-1966), mas sem dar nome exatamente a uma linha pedagógica. Nas instituições que colocam em prática conceitos de Freinet, o aprendizado acontece por meio do trabalho e da cooperação. Nesse tipo de escola, a criança é incentivada a compartilhar suas produções com os colegas, sejam eles de sua classe, de outras ou de escolas diferentes. As avaliações levam em conta o progresso do aluno em comparação ao seu desempenho anterior e não em relação com os demais. Estudos de campo (aulas em que os estudantes são levados em algum lugar específico para aprender determinada matéria, como um parque, por exemplo), elaboração de jornais em grupo e debates são atividades comuns em escolas que se identificam com o pensamento de Freinet, que valoriza o desenvolvimento da capacidade de análise pelos estudantes.


2 comentários:

  1. Essa matéria é muito boa meninas, parabéns!
    Diferente de outras cidades, Brasília é muito diversificada em opções de escolas, temos aqui instituições que trabalham com todas as metodologias que vocês citaram e todas merecem ser conhecidas.
    Abraço!
    Eleonora Fagundes

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