A educação especial inclusiva tem como mote o ensino de qualidade a toda e qualquer criança ou adulto, incluindo aqueles com algum tipo de deficiência física ou mental. Não há discriminação na hora de educar uma criança sem ou com deficiência, pelo menos deveria ser assim. O aluno pode ser surdo, mudo, cadeirante, portador de Síndrome de Down, ele tem direito de aprender junto a um colega que não tem nenhuma dessas características. O grande objetivo é trabalhar as diferenças de modo a satisfazer as necessidades básicas de todos e promover inclusão no meio social.
Educação especial nas escolas
Na mesma escola,
nas mesmas salas de aulas e com os mesmos professores convivem os mais diversos
perfis de alunos. A base é a que toda criança tem o direito de acesso à melhor
educação existente naquele bairro, naquela cidade. Trata-se da equiparação das
oportunidades entre aqueles que sempre foram excluídos e aqueles que se incluem
naturalmente no sistema educacional comum.
Os defensores da
educação especial nas escolas acreditam que toda criança é especial e única. E
que os professores devem estar preparados para atender à necessidade especial
de cada aluno. Diversidade é algo fundamental para uma sociedade realmente
democrática. Ou seja, diferenças existem e devem ser aceitas e respeitadas
sempre e em qualquer lugar.
Mas há também uma
linha contrária à educação especial inclusiva. Muitos especialistas alegam que,
hoje, as escolas não conseguem nem atender à demanda comum e que o resultado
são salas de aula sempre superlotadas e baixa qualidade de ensino. Como os
professores conseguirão dar conta de atividades de educação especial, além das
tradicionais? Há uma preocupação tanto em não atender do modo devido à criança
especial, como não atender suficientemente aos demais. Alega-se que, para
atender uma criança especial, é necessário um preparo também especializado.
Essa professora se chama Lilian, ela ensina na classe
TGD, na Escola Classe nº 08, localizada no Guará II.
Essa sala trabalha com dois alunos especiais, um deles, esse anjo azul que aparece nas fotos, é filho da aluna Maria Lopes. Ele é considerado através de laudos
médicos, autista, mas como todo o esforço empreendido pela aluna, seu filho já superou muitas fases. Conforme afirma Maria, "só tenho a
agradecer a Deus, a minha família, a escola e aos tratamentos que faço com ele.
Enfim, só tenho a agradecer, ele me faz ser uma pessoa melhor a cada dia".
Fazendo tarefas em sala de aula.
Na educação física
Atividades em sala de aula
Entrevista
Essa entrevista
foi realizada com Lilian Rodrigues Bragança Silva, professora da sala Especial TGD, turno matutino, da Escola Classe 08, Guará II.
1) Professora, qual sua formação acadêmica?
Fiz pedagogia e me especializei em Educação Especial.
Fiz pedagogia e me especializei em Educação Especial.
2) O que fez você escolher a profissão de docente (na educação infantil e na educação especial)?
Na verdade o que me fez escolher ser professora foi o mercado de trabalho, vou ser bem sincera. Não falta trabalho. Mas amo minha profissão. Adoro o que faço. Estar em sala de aula e poder fazer (ou tentar fazer) a diferença na vida de alguém. Apesar dos perrengues que já passei.
Na verdade o que me fez escolher ser professora foi o mercado de trabalho, vou ser bem sincera. Não falta trabalho. Mas amo minha profissão. Adoro o que faço. Estar em sala de aula e poder fazer (ou tentar fazer) a diferença na vida de alguém. Apesar dos perrengues que já passei.
3) Quais são as suas maiores dificuldades profissionais?
A maior dificuldade que enfrentamos é que muitas vezes não temos apoio, principalmente das famílias. Educar precisa ser um trabalho de parceria. E é por isso, também que gosto de trabalhar com educação especial. Geralmente a família colabora muito. Nós dá apoio. Pelo menos a experiência sempre foi positiva.
A maior dificuldade que enfrentamos é que muitas vezes não temos apoio, principalmente das famílias. Educar precisa ser um trabalho de parceria. E é por isso, também que gosto de trabalhar com educação especial. Geralmente a família colabora muito. Nós dá apoio. Pelo menos a experiência sempre foi positiva.
4) Que nota você daria para o seu trabalho como docente e o que buscaria melhorar?QUE
Dar-me uma nota é difícil, Mas me acho dedicada, procuro
fazer sempre o melhor. Lógico que acredito que nem sempre consigo, então vou me
dar 8,5. O que eu já busco melhorar é o meu conhecimento sobre o autismo. Acho
que ainda tenho muito que aprender e
busco isso através de internet, livros e com amigos e colegas que também atuam
nessa área.
5)
Quanto à escola, quais didificuldades você precisa enfrentar para poder desenvolver seu trabalho com as crianças?
A maior dificuldade de trabalhar com uma classe especial
numa escola regular, em minha opinião, é que acabamos trabalhando muito
sozinha. A preocupação maior das pessoas é com o ensino regular. Então agente
fica meio que em segundo plano. Todas as escolas que eu passei foram assim. Por
isso que amei trabalhar no Centro de Ensino Especial, lá estão todos voltados
para o mesmo objetivo que é a Educação Especial. Trabalhei no Centro do Gama e
foi uma experiência maravilhosa.
6) O que você diria para quem escolheu essa profissão de lecionar para crianças especiais?
Para quem escolheu atuar no ensino especial eu diria o
que um professor (com paralisia cerebral) disse uma vez. “esqueçam o
diagnóstico” Essas crianças aprendem! Não importa o que ou quando vão aprender
em um ano, mas elas são capazes, Às vezes nem vamos ver o resultado do nosso
trabalho, mas a semente foi plantada. Outra coisa que eu diria é: faça com amor
e dedicação. Tem pessoas que quer atuar só para receber uma gratificação ou
pelo quantitativo de alunos. E eu digo, é muita gente assim. Infelizmente.
7) Hoje, se você estivesse começando, escolheria trabalhar com ensino especial?
Eu escolheria a Educação Especial sim, pra mim é
extremamente gratificante, trabalhar com essas crianças. Mas se eu tivesse que
trabalhar com o ensino regular novamente também ficaria muito feliz. Meu
negócio é estar em sala de aula. Adoro o que faço.
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